Substancias com efeitos diuréticos

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Substâncias  vêm sendo utilizadas pelos seus efeitos diuréticos, tais como o glicerol, o manitol, a vitamina C, a cafeína, as proteínas e até mesmo, a própria água como diurético.
Para entender como o manitol, o glicerol, dieta altamente protéica e a vitamina C funcionam, devemos primeiramente compreender o que é osmose. 

Osmose é um duplo fenômeno da endosmose e da exosmose que nada mais é do que a difusão de uma substância através
de membranas.


Se tivermos um recipiente dividido por uma membrana que só a água ultrapasse, o mesmo só com este elemento, ficará no mesmo nível. Porém, se adicionarmos em só um lado do recipiente dividido pela membrana, uma substância que atraia água, ocorrerá um movimento para o lado onde estiver a substância osmótica.

 Por exemplo, o lado em que a água foi adicionada de glicerol ou manitol absorverá mais água, ficando este lado do recipiente com maior volume de líquido.



Como podemos observar, algumas substâncias podem atrair água, agora imaginem uma substância que não apenas atraia água, mas que também seja eliminada pela urina. Podemos então administrar esta substância que não apenas será eliminada do corpo, mas removerá água com ela.

O glicerol é uma molécula com três carbonos similar ao álcool, sendo a porção hidrossolúvel da molécula lipídica. 
O glicerol existe naturalmente em nosso corpo estando presente nas gorduras e também nos fluidos corporais em forma livre. 

Quando o glicerol exógeno é administrado, promove aumento na concentração de fluídos no sangue e demais tecidos. A concentração de fluídos é mantida no corpo de forma que a água administrada com o glicerol não é eliminada até o glicerol ser removido dos rins ou quebrado pelo organismo. 

Ambas as substâncias elevam a osmolalidade do plasma sanguíneo e produzem um aumento do fluxo de água a partir dos tecidos, inclusive do encéfalo; por isto o manitol é clinicamente utilizado para reduzir edema cerebral.



Em esportes de longa duração, especialmente em climas quentes e úmidos, é bem vindo qualquer estratégia para manter o corpo hiper-hidratado por mais tempo, de forma que o glicerol vem sendo utilizado para melhorar a performance desses atletas. Mas para nós do culturismo, a intenção é mesmo reduzir os depósitos hídricos subcutâneos.

A vitamina C trabalha de forma similar já que é uma vitamina hidrossolúvel.

Quanto as proteínas, é necessário uma ingestão supra-fisiológica da mesma. 

O excesso de proteínas não pode ser armazenado facilmente como o excesso de carboidratos e gorduras, que acabam por se armazenar em nosso organismo na forma de tecido adiposo.

As proteínas subdivididas em aminoácidos são compostas basicamente por moléculas de carbono e nitrogênio. Em seu processo de degradação, quando existe um excesso de aminoácidos, as moléculas de carbono se separam das moléculas de nitrogênio. As partes de carbono irão trabalhar na formação de substâncias que serão armazenadas em gorduras e as partes de nitrogênio formarão amônia, que é altamente tóxica para o organismo. São necessárias duas moléculas combinadas de amônia para formar a uréia. A uréia não é tóxica ao organismo, sendo eliminada do mesmo, sendo que para isto precisa carregar água com ela, ou seja, age como diurético.



Já com relação a própria ingestão de água, partimos do simples princípio de que quanto mais água é ingerida, mais é eliminada. Muitos atletas ainda pensam que na semana anterior a competição deve-se restringir o consumo de líquidos. Porém, esta prática ocasiona um efeito rebote e acaba aumentando a retenção hídrica. Isto deve-se novamente à manutenção da homeostase, pois se você restringe o organismo de líquidos, este para manter o equilíbrio tenta poupar os líquidos ainda restantes, diminuindo a eliminação. Agora, se a ingestão hídrica for aumentada alguns dias antes da competição e cortada drasticamente um dia antes da apresentação, ocorrerá grande eliminação de líquido.




Referencias:
http://clauber-pio.blogspot.com.br/2012/08/retido-hidrica-como-elimina-la.html
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Noakes, T.D. (1993). Fluid replacement during exercise. Exercise Sport Science Review, 21, 297-330.
Koenigsberg, P.S., Martin, K.K., Hlava, H.R., Riedesel, M.L. (1995). Sustained hyperhydration with glycerol ingestion. Life Sciences, 5, 645-653.
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Guimarães Neto, W. M. Musculação Anabolismo Total. 6ªed. São Paulo: Phorte Editora, 1999.
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